quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um anônimo que se compraz...

Penso sempre consigo:
O que torna alguém um poeta?
Ser autor de um verso antigo?
Ou tradutor da palavra mais certa?

Penso no relutante perigo
De ser tão pouco original
Reescrevendo frases de um amor repetido
Eternos corações que se rendem a um sentimento imortal.

Não sou tão boêmio
Já não me vejo assim
Pensei que fosse mais um louco modista
Escritor de rimas sem fim

Hoje percebo que sou um pouco de tudo
E um pouco de nada, sou
Divago devagar na penumbra de um artista
Um anônimo que se compraz na criativa liberdade das palavras

Palavras repletas de tristezas e alegrias
Escritas por entre prosas e poesias

Poesias sem donos, dores e despedidas
Sem mentiras, falsas esperanças, lágrimas e desiludidas reflexões

Autor: João Paulo Machado Silva
Todos os direitos autorais reservados

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