quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um anônimo que se compraz...

Penso sempre consigo:
O que torna alguém um poeta?
Ser autor de um verso antigo?
Ou tradutor da palavra mais certa?

Penso no relutante perigo
De ser tão pouco original
Reescrevendo frases de um amor repetido
Eternos corações que se rendem a um sentimento imortal.

Não sou tão boêmio
Já não me vejo assim
Pensei que fosse mais um louco modista
Escritor de rimas sem fim

Hoje percebo que sou um pouco de tudo
E um pouco de nada, sou
Divago devagar na penumbra de um artista
Um anônimo que se compraz na criativa liberdade das palavras

Palavras repletas de tristezas e alegrias
Escritas por entre prosas e poesias

Poesias sem donos, dores e despedidas
Sem mentiras, falsas esperanças, lágrimas e desiludidas reflexões

Autor: João Paulo Machado Silva
Todos os direitos autorais reservados

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Linda Juventude - Flávio Venturini

Zabelê, zumbi, besouro, vespa fabricando mel
Guardo teu tesouro, jóia marrom, raça como nossa cor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que te quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou

Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas pequenas da esquina

Fado, sina, lei, tesouro, canta que te quero bem
Brilha que te quero luz andaluz, massa como o nosso amor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou.

Maravilha, juventude, tudo de mim, tudo de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas bonitas da esquina.