domingo, 31 de maio de 2009

Eu confesso...

Hoje, foi um dia fantástico, um dia de celebração, um dia de descontração, um dia de felicidade, e que, depois de tudo, se tornou uma madrugada inteira de reflexão. Mas, para que haja entendimento, sobre os últimos acontecimentos, é preciso voltar no tempo, para que se tenha algum sentido e compreensão.

Desde 2002, até dezembro do ano passado, fui casado com uma mulher maravilhosa, desejava que ela fosse minha eterna namorada e a mãe dos meus filhos. Entretanto, em decorrência de uma inerente impulsividade e de
uma imaturidade típica de toda juventude, fui (ir)responsável por uma série de frustrações, decepções e sofrimentos. Explico. Não obstante, Realmente vivi praticamente um conto de fadas, com direito a todos os personagens infantis possíveis, que se possa imaginar.

Me apaixonei aos 17 anos, em Marudá, balneário localizado a cerca de 122 km de Belém, capital do estado do Pará. Até aqui tudo bem, mas... Minha pretendente até então uma simples "paquera", tinha saído de um malfadado relacionamento, tanto com a família, quanto em relação ao seu ex namorado.

Assim, como todo ser humano "normal", tanto eu, quanto ela, saímos de famílias, digamos, um tanto conturbadas, que apesar de tudo, mais tarde vieram a se tornar estáveis, até onde podemos considerar, ressalvando a limitação e a satisfação de todos os envolvidos..

Pois bem. Inconscientes de uma transferência involuntária de carências a serem supridas, fomos ambos, desenvolvendo, algo chamado co-dependência afetiva. Desde então tenho buscado aconselhamento cristão e cura interior (Clique nos links, para saber mais). Essa tal co-dependência afetiva influenciou negativamente e de maneira irreversível, pelo menos até o momento, o relacionamento construído durante todos esses 7 anos de convivência e intimidade conjugal.

Ocorreram três crises cruciais, uma, logo no início... nos 3 primeiros anos, depois veio outra no 5º e a derradeira no 7º ano de casamento, o que lamentavelmente culminou num divórcio consensual.

Eu e minha ex, sempre mantíamos contato aos finais de semana, por questões de ordem financeira , profissional e acadêmica, pois adequávamos nossos horários dessa forma. Restando somente as noites de sábado e domingo para conhecer um ao outro, o que aconteceu e foi gradativamente, propiciando maior grau de envolvimento.

Algum tempo depois da conquista, veio o namoro, mais algum tempo depois, o noivado, e em seguida o casamento, e considerando que tudo ocorreu, num intervalo de tempo de 5 anos, posso dizer que os vivi, como se fossem cinquenta.

Ignoradas as opiniões alheias, contrárias ao meu casamento, fui desfrutar das bodas a partir do mês de maio de 2002, quando então, veio a consumação do enlace matrimonial.

Não posso dizer que meu pai e minha mãe, me deram uma educação perfeita, apesar dos esforços de ambos, mas eles sempre me ensinaram valores e princípios essenciais na vida de um ser humano, como por exemplo, dar valor na família.

Em contrapartida, vim de um lar, onde meu pai, sempre foi uma figura meio ausente, devido ao trabalho, e minha mãe, uma lutadora, para ser honesto, uma guerreira! Beirando as qualidades de uma heroína...

Fui criado com a necessidade, de um pai mais presente e com a impressão de que alguns "mimos", poderiam compensar tal ausência paterna.

Finalizando essa "concisa", porém indispensável abordagem, hoje, compreendo a origem do meu "problema".

De maneira involuntária, acabei transferindo a necessidade de afeto paterno e/ou materno, para minha ex-esposa e ela fez o mesmo comigo...

Resultado: Sentimentos de culpa, frustração, decepção, desconfiança e insatisfação, enfim, os igredientes certos para um inevitável divórcio.

No início, mentia para ter mais "liberdade", depois, mentia por medo de magoar, e depois, para não se sentir culpado, mais tarde ainda, mentia pelo comodismo e assim se formou uma imensa bola de neve de mentiras e traições inimagináveis. A essa altura do campeonato, já era declarada a vontade da separação... pelo menos da minha parte.

Foram várias negativas da minha ex-mulher em relação ao divórcio, mas depois de muita insistência e de muito sofrimento, ela aceitou minha proposta e desde então eu confesso. Sou culpado. Apesar de chegar a essa conclusão, já me perdoei e já fui perdoado. Mas isso tudo me trouxeram consequências que contarei mais adiante.

Após uma separação de corpos, já de algum tempo, e devido ao distanciamento natural que sofri em relação a minha ex. Conheci outras pessoas, mulheres incríveis, onde uma, me chamou a atenção de uma maneira especial.

Com ela reconstruí projetos, sonhei novos sonhos, tentei recomeçar.

Apesar da minha crença numa vida feliz e bem sucedida, eu não havia me divorciado psicologicamente. Mas uma vez, isso trouxe-me dores de cabeça, ao envolver uma terceira pessoa, nessa já complicada situação. Resultado?

Pedi um tempo para esta que se tornou minha atual, em detrimento àquela, que foi minha ex. A resposta? Um
categórico não!

Mas assim, não teria como me tratar, emocional e espiritualmente (mas isso é outro assunto, que dá mais uns cinco volumes de 200 folhas).

Resumindo a história... Estou só, permaneço só, desde o início só, como se nunca, de fato, tivesse consentido, entregar meu coração completamente a uma única mulher...

Ambas as mulheres, com quem me envolvi, deixei partir, como passáros, que livres escolhem seus destinos e que podem regressar, num outro período repentino, ou quem sabe, numa próxima estação. Ontem pensei sobre todas essas coisas, enquanto curtia no Fest Music, dançando reague e cantando o mais puro rock and roll.

Hoje, a minha melhor amiga
é a verdade e a sinceridade, minha "pior" aliada. Quem subsistirá a essa via de mão dupla, chamada por uns, respeito e por outros, consideração.

Sou sem dúvida, um homem mais maduro, um homem mais vivido e mais experiente, um homem que ri, que chora e que deseja acima de tudo ser feliz e fazer feliz quem estiver ao meu redor. Aliás, eu já sou feliz! A Santíssima Trindade está dentro de mim! Além disso, eu tenho vocês! Minhas amigas e meus amigos de verdade! Obrigado por vocês existirem! Vocês moram no meu coração! Do seu irmãozinho de todas as horas... JP