sexta-feira, 6 de novembro de 2009

XIII Feira Pan-Amazônica do Livro e A Poesia das Praças

Hoje, 06/11, sexta-feira, inicia-se a XIII Feira Pan Amazônica do Livro. E de todas essas feiras, eu devo ter ido numas sete, no máximo. Muitas vezes encontrei pessoalmente, escritores amigos meus, e outros artistas, literalmente, que embora eufóricos, se mostravam um tanto quanto entristecidos e até frustrados pela falta do devido reconhecimento.

As obras regionais, são infelizmente ainda pouco valorizadas pelos conterrâneos paraenses.

Se houvesse uma política maior de fomento da literatura, em relação a escritores paraenses contemporâneos... Isso possilitaria o aumento do acervo de livros de autores paraenses nas bibliotecas e escolas estaduais e municipais, e com isso certamente alcançaríamos não só o estímulo para para o surgimento de uma nova geração de escritores e autores da terra, bem como tornariam conhecidos, muitos valores, que ainda permanecem anônimos, embora sejam detentores de louvável talento.

Dentre as diversas histórias de luta pela arte, há um guerreiro das letras que até hoje está no batente da divulgação, Eduardo Santos, meu amigo de infância, que embora a vida nos tenha dado rumos diferentes e distanciado nossa amizade, somos reunidos quase sempre pela mesma paixão: a poesia.

O Poeta das Praças, assim denominado, devido ao mesmo carregar suas obras numa biblioteca ambulante (em cima de uma engenhosa bicicleta, carinhosamente chamada Bike Poética).

Infelizmente, como se isso não fosse novidade, o reconhecimento do trabalho deste artista paraense veio de fora. O exemplo disso fica evidente quando sua presença foi requisitada em vários programas da mídia televisiva e impressa, em todo território nacional onde se destacam: o programa do Jô, Mais você e diário de São Paulo, quando através deste, teve o reconhecimento nacional de seu trabalho artesanal e, com isso, foi incluído no livro de recordes, como o maior produtor de livros artesanais do mundo. Recentemente seu trabalho foi mostrado em 27 países através da Amazon Sat, e também houve divulgação do seu trabalho através da tv BBC de Londres retransmitida para 16 países da Europa.

Embora reconhecido pela mídia e pelos profissionais literários, como um dos poetas mais promissores e atuantes da região, assim como muitos outros, este já poderia ter sido alcançado com uma proposta governamental para liderar projetos culturais, como o que foi sugerido no início deste artigo.

A Feira do Livro é importante? Sem dúvida que sim. Mas mais importante que reservar um espaço e alguns dias de divulgação e comercialização de livros, está a valorização da cultura paraense e dos autores da terra, que retratam a realidade da região, com lirismo, verdade e beleza, seja através da música, dança, teatro, pintura, artesanato, literatura complexa ou de simples prosa e poesia.

Para que Arte só no Hangar e de forma sazonal? A cultura deve estar nas praças, nas escolas, nos teatros, nas casas de família... Deve estar de maneira simples na vida dos cidadãos comuns, sempre de forma rotineira e continuada. Sem distinção de idade, sexo, religião, cor e origem.

Afinal, poetas e praças não faltam graças à Deus em nossa cidade, e se depender de poetas como Eduardo... Nunca deixarão de existir e não desistirão jamais.

Extraído e adaptado:

http://novasolucoes.net/edusantospoeta/

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