segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os Beijos da Adrenalina

Sigo a toda velocidade

Perdendo a noção do limite

Não há melhor sensação do que a liberdade

Cujo vento nos trás à razão o que é realmente alegre e verdadeiramente triste

Não há motivo para não acreditar em algo que existe a 100

Insiste a 200 e persiste a 300 Km/h

A taquicardia não desiste, ela quer levar meu coração embora...

O espelho do retrovisor está quebrado

Olho para todos os cantos, mas não vejo ninguém ao lado

Apenas o som das rajadas de ar que atritam contra o carro...

Que dirijo imprudente e irresponsavelmente

Os beijos da adrenalina saciam o desejo de uma incontrolável sedução...

Não há pensamentos sadios, só uma insana convicção

De que preciso acelerar mais e mais

Viver enquanto durar o combustível

Pois não sei até quando durará minha sobriedade

Sem o alcool amigo que me subtrai a lucidez

Somente me faz companhia a dor de tudo o que é real

Preciso seguir e para aonde eu vou não há possibilidade de volta

Viajo na velocidade da luz

Sinto meu corpo se desintegrar em milhões de partículas microscópicas

Já sou apenas uma energia a ser guiada além dos anos-luz

Atravessando pelo universo da eternidade

Únicos versos

Que levarão meus pensamentos de volta pra casa

Me despeço de minha menina

Com um longo e demorado abraço, repleto de calor sem fim

Somos um casal predestinado a nos consumir pela mais louca paixão

Meu lábios se perdem enfim nos beijos da Adrenalina

Beijos inexplicáveis de emoção e prazer

O que há de pior em mim?

O que há de melhor em você?

Deixemos tudo que é feio e errado para depois

E tragamos à tona somente o que há de melhor entre nós dois

Somos apenas corpos celestes

Embalados pela constelação de uma força muito maior que o infinito


Autor: João Paulo Machado Silva

*Todos os direitos autorais reservados - Copyright

*Poesia registrada na Academia Paraense de Letras - 2006

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