sábado, 27 de junho de 2009

Ensaio Para Passos e Compassos de um Arraial Junino

Quando danço um forró
Bem arrochado com você
Não tenho vontade de parar
Gosto mesmo é de suar
Sentindo seu corpo, molhado de prazer

Braços de um amor de origem nordestina
Que me agarram e me inspiram a escrever
Compor versos repentistas numa letra de São João,
Compassos de baião em versos de condel
Doce mulher a me beijar
Com o mel mais puro que minha boca já provou
Numa fogueira rastapé
Me deleito incessantemente nos seus lábios de menina

Manhas e manhãs de um dia que jaz adormecido,
Maçãs de um amor que, quem dera, não fosse proibido

Delicadeza sem fim, com gosto de Quindim,
Doce desejo feminino,

Quentão em desatino,
Num corpo de mulher, um copo nectarino
Maravilha do sertão que desejo tragar sofregamente...
Beijo de moça, com teor de mistério, deleite condensado de amor

Sabor de um êxtase enlouquecido, doce pecado a me seduzir continuamente...


No céu da minha boca, o balão voa sem destino
Explodindo assim, os fogos de todos os meus artifícios 
Fazem eu lembrar dos meus tempos de menino, um "gigante" do norte que nunca temeu estrebuchar na ponta de uma faca...

Pé de moleque ligeiro, corpo, alma e espirito de Lampião,
Sem medo de provocar, qualquer que fosse o capitão.

Desde a época em que Gonzagão cantarolava ao vivo a sua cantiga
Quando você ainda nem sonhava em ser o meu xodó 
Eu não imaginaria isso, nem mesmo que você fosse, o meu par de amor prometido.

Hoje, quero protagonizar, na roça, nesse período tão junino 
Um tradicional casamento nordestino
Mesmo que seja um casório fajuto, no meio da palhoça,
Será um compromisso verdadeiro, 

Seja como for, que ele seja sempre o primeiro e o mais inesquecível, entre eu e "vósmicê"...

Eita...
Olha a chuva!
É mentira!
Anavan! Balancê!
Despedida! Returnê!
Acaba não... Mundão!
Trem danado de bom...
Gostoso mesmo nessa vida, é ter você, meu eterno meu bem querer!


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