Duvidosa pessoa... Será que aí você está?
Há dias que tento bater em sua porta
E mesmo ela estando entreaberta
Até hoje ainda não se abriu completamente
Passaram as horas e a taça de vinho tinto então da sua mão caiu
Manchou o seu branco vestido com a cor do puro sangue
Despido de pudores somos cúmplices de um delator que se faz infame
Não ponho a porta abaixo porque sou um cavalheiro da noite...
E um prisioneiro do dia
Apesar da oportuna insanidade
Preciso ser convidado para adentrar o seu interior...
E como um vampiro, aguardo sedento,
Não apenas pelo que corre em suas veias...
Mas também pelo seu carinho, sua paixão e seu doce beijo ardente
Aguardo você bem aqui ao lado daqui pra frente
Você bem sabe aonde estou
Mas tem medo do meu afago e tem medo do meu calor
Medo da eterna saudade que um ato inevitável pode causar
Minha mente está ausente
Meu corpo somente agora sente o cansaço que a eternidade impôs
Toda verdade por fim se revelou
Sou caça e caçador
Recíproca presa e predador
Esperando pela sua suave beleza e por sua inesperada companhia
Esperando pela incerteza desse infindável destino
Queira que não haja mais pedras pelo caminho!
Existem apenas você e eu e o tempo que nos aflige e nos acalma
O refrigério de nossa alma é um amor não mais contido
Deixou de ser apenas um sentimento proibido
Tornou-se o estandarte do mais nobre sentimento...
Autor: João Paulo Machado Silva
*Todos os direitos autorais reservados - Copyrigh
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